domingo, 23 de janeiro de 2011

Descontrole

Quem me livrará do corpo desta morte, miserável homem que sou, o que quero não faço, mas o que não quero isto faço! Assim disse o santo apóstolo, oh Poderoso de Israel, sim, foi isto o que ele disse.
E não tem razão Vosso santo servo? Referia-se ele ao descontrole da natureza que se herdou do primeiro Adão. E isto é tão certo com o sol que se renova a cada manhã, que quando o crente está no primeiro Adão não alcança pôr freio aos feitos desta natureza caída, ainda que queira, ainda que planeje, ainda que anele, ainda que suspire, ainda que chore, ainda que clame e reclame, não esta nele o poder de frear os feitos tão medonhos quanto execráveis do domínio do pecado sobre ele, seja meu Senhor, qual for o delito que se lhe expande por meio do corpo.
Mas louvamos-Te Bendito, louvamos-Te por Vossa providência, pois nos destes o segundo Adão, Vosso e agora nosso Cristo amado, que em nós através de Vós é a esperança da Glória.
Nele e por Ele temos a vitória do domínio do pecado, e tudo o que era impossível para a velha natureza o é agora para a nova.
De modo maravilhoso deste aos seus, que somos nós, o poder de manter sob freio toda a malignidade, que sem Vós, reina no corpo na alma e no espírito de todo homem nascido de mulher. Sendo assim Amantíssimo Rei, quem está no primeiro Adão não pode impedir a vasão de toda obra má, mas quem está no segundo Adão que Sois Vós, inesplicalvemente o verbo encarnado, não impede o fluir do mal, mas derrota-o.

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